21/05 – Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!

21/05 – Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!

Terça-feira, 21 de maio de 2024.

 

Evangelho (Mc 9,30-37)

 

“Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!”

 

Naquele tempo, 30Jesus e seus discípulos atravessavam a Galileia. Ele não queria que ninguém soubesse disso, 31pois estava ensinando a seus discípulos. E dizia-lhes: “O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens, e eles o matarão. Mas, três dias após sua morte, ele ressuscitará”. 32Os discípulos, porém, não compreendiam estas palavras e tinham medo de perguntar. 33Eles chegaram a Cafarnaum. Estando em casa, Jesus perguntou-lhes: “O que discutíeis pelo caminho?” 34Eles, porém, ficaram calados, pois pelo caminho tinham discutido quem era o maior. 35Jesus sentou-se, chamou os doze e lhes disse: “Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!” 36Em seguida, pegou uma criança, colocou-a no meio deles e, abraçando-a, disse: 37“Quem acolher em meu nome uma destas crianças, é a mim que estará acolhendo. E quem me acolher, está acolhendo, não a mim, mas àquele que me enviou”.

 

Reflexão

 

No Evangelho deste domingo, Jesus anuncia pela segunda vez aos discípulos a sua Paixão, Morte e Ressurreição. É evidente o contraste entre a mentalidade do Mestre em relação a mentalidade dos Doze Apóstolos, que não só rejeitam o destino do Senhor, mas discutem entre si sobre quem deve ser considerado ‘maior’. E Jesus explica-lhes com paciência a sua lógica, a lógica do amor que se faz serviço até a entrega de si mesmo: “Se alguém quiser ser o primeiro, há de ser o último de todos e o servo de todos”. Esta é a lógica do Cristianismo que contrasta com o egoísmo humano. Cada pessoa é atraída pelo amor que é o próprio Deus, mas que erra no seu modo concreto de amar, e assim, do coração do homem pode brotar más intenções e más ações. São Tiago diz: “Onde há inveja e espírito faccioso também há perturbação e todo gênero de obras más. Mas a sabedoria que vem do alto é, em primeiro lugar, pura; depois é pacífica, indulgente, dócil, cheia de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem hipocrisia”. E o Apóstolo conclui: “É com a paz que uma colheita de justiça é semeada pelos obreiros da paz”. Podemos pensar no testemunho de muitos cristãos que, com humildade e no silencia, consomem a própria vida ao serviço dos outros, trabalhando com amor. Se é evidente que a lógica de Deus não é a nossa, também é certo que o Senhor pede de nós conversão. Precisamos mudar o nosso modo de pensar e viver. Precisamos abrir o nosso coração à escuta, para nos deixarmos iluminar e transformar interiormente. Um ponto chave da diferença entre nós e Deus é o orgulho. Em Deus não há orgulho, mas em nós homens, ao contrário, o orgulho está intimamente arraigado e exige vigilância e purificação constante. Nós que somos pequenos aspiramos ser grandes, a ser os primeiros; enquanto Deus que é realmente grande, não tem medo de humilhar-se e de se fazer último.

Pe. Paulo Eduardo Jácomo, SDB.

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