30/06 – E vós, quem dizeis que eu sou?

30/06 – E vós, quem dizeis que eu sou?

Domingo, 30 de junho de 2024.

 

Evangelho (Mt 16,13-19)

 

“E vós, quem dizeis que eu sou?”

 

Naquele tempo, 13Jesus foi à região de Cesaréia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” 14Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”. 15Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” 16Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. 17Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. 18Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. 19Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”.

 

Reflexão

 

“Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” E os discípulos respondem com todas as respostas que haviam escutado da multidão. Ou seja, considerações bastante elogiosas. Mas o que está no coração de Jesus é saber em quais das respostas os discípulos o haviam colocado. Jesus não saber tanto o que pensava a multidão, mas sim o que pensavam os discípulos sobre Ele. Será que eles já haviam entendido tudo? “E vós, quem dizeis que eu sou?”. E Pedro responde com um impulso interior e forte: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. É como se Pedro tivesse respondido: “Tu não és somente um homem honesto, inteligente, devoto e pio. Tu és muito mais. Tu és aquele que no fundo, no fundo, todos esperavam. A única coisa que torna a nossa vida única”. Não prática, “Tu és o sentido de tudo”. Jesus entende que esta compreensão não vem de Pedro, mas através de Pedro. E aqui nos perguntamos: “Quem é realmente Pedro?”. Cada vez que entramos no mistério de Cristo, encontramos a resposta para o que somos nós. Quanto mais crescemos em Cristo, mais entendemos quem somos. Esta é a urgência da fé. É a urgência não de quem se aliena do mundo, ou de si mesmo, mas é a urgência de quem entrando dentro da relação com este Deus, entende fundamentalmente quem é, porque veio ao mundo, por vale a pena a vida. A nossa proximidade com Cristo, é proximidade com Quem nos responde à pergunta: “Quem sou eu verdadeiramente?”. Viver sem buscar a resposta a este questionamento é um pouco como não viver autenticamente. Mas a festa de hoje nos recorda que não só é possível fazer esta pergunta, mas que existe também a possibilidade da resposta.

Pe. Paulo Eduardo Jácomo, SDB.

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