01/11- Pois eu vos digo: nenhum daqueles que foram convidados provará do meu banquete.

01/11- Pois eu vos digo: nenhum daqueles que foram convidados provará do meu banquete.

Terça-feira, 01 de novembro de 2022.

 

Evangelho (Lc 14,15-24)

 

“Pois eu vos digo: nenhum daqueles que foram convidados provará do meu banquete”

 

Naquele tempo, 15um homem que estava à mesa disse a Jesus: “Feliz aquele que come o pão no Reino de Deus!” 16Jesus respondeu: “Um homem deu um grande banquete e convidou muitas pessoas. 17Na hora do banquete, mandou seu empregado dizer aos convidados: ‘Vinde, pois tudo está pronto’. 18Mas todos, um a um, começaram a dar desculpas. O primeiro disse: ‘Comprei um campo, e preciso ir vê-lo. Peço-te que aceites minhas desculpas’. 19Um outro disse: ‘Comprei cinco juntas de bois, e vou experimentá-las. Peço-te que aceites minhas desculpas’. 20Um terceiro disse: ‘Acabo de me casar e, por isso, não posso ir’. 21O empregado voltou e contou tudo ao patrão. Então o dono da casa ficou muito zangado e disse ao empregado: ‘Sai depressa pelas praças e ruas da cidade. Traze para cá os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos’. 22O empregado disse: ‘Senhor, o que tu mandaste fazer foi feito, e ainda há lugar’. 23O patrão disse ao empregado: ‘Sai pelas estradas e atalhos, e obriga as pessoas a virem aqui, para que minha casa fique cheia’. 24Pois eu vos digo: nenhum daqueles que foram convidados provará do meu banquete”.

 

Reflexão

 

É de se imaginar que todos nós queremos participar do banquete no reino de Deus. E Jesus no evangelho de hoje diz claramente que este desejo não pode ser apenas um “piu desejo”, mas se torne de fato uma revolução em nossa vida. E para fazer-nos entender isso ele conta uma parábola colocando em cena um banquete para o qual alguns são convidados. Esta é uma clara referência à obra de Deus que pensou a vida como um convite e o reino de Deus como uma festa. Mas aqueles que parecem ter o convite para entrar e sentar-se a mesa para comer, rejeitam com válidos motivos que poderiam sintetizar-se desta maneira: a posse, o comercio e o prazer. Se pensarmos bem estas três desculpas são exatamente os obstáculos da nossa vida. Ter fé, de fato, significa parar de colocar nossa segurança nos bens que possuímos, mas na realidade quase nunca estamos dispostos a nos livrarmos desta idolatria do ter. Nós temos prazer em usar das coisas para nos sentirmos seguros e não para encontrar o que de verdade conta, assim, no final das contas são as coisas que nos possuem e não nós a elas. Ao mesmo tempo preferimos sempre uma lógica de vida comercial a uma forma de vida gratuita. Comerciar significa fazer das coisas sempre uma contrapartida, quando Deus ao invés, nos pede de aprender a gratuidade das coisas. A busca do prazer é o último impedimento que podemos definir como posse das pessoas. O prazer é sempre um impedimento ao encontro com Deus, usa as pessoas para o bem próprio, reduzindo o outro a um objeto. Agora os únicos que irão comer no banquete serão aqueles que por um motivo ou por outro estão famintos e pararam de saciar-se das coisas e aprenderam que elas não contam na vida.

Pe. Paulo Eduardo Jácomo, SDB.

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