17/04 – Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede.

17/04 – Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede.

Quarta-feira, 17 de abril de 2024.

 

Evangelho (Jo 6,35-40)

 

“Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede.”

 

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 35“Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede. 36Eu, porém, vos disse que vós me vistes, mas não acreditais. 37Todos os que o Pai me confia virão a mim, e quando vierem, não os afastarei. 38Pois eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. 39E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. 40Pois esta é a vontade do meu Pai: que toda pessoa que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o ressuscitarei no último dia”.

 

Reflexão

 

A pergunta é: O que Deus quer nos dar? O que Deus sonha para cada um de nós? Esta resposta parece que encontramos no evangelho de hoje.

 

“E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. Pois esta é a vontade do meu Pai: que toda pessoa que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o ressuscitarei no último dia”.

Mas é errado pensar que a vida eterna é somente uma questão pós-morte. A vida eterna também é uma questão a ser vivida também aqui. É aqui que iniciamos a vida eterna. É aqui que para nós se inicia o paraíso e o inferno. E o paraíso não é não ter problemas. O paraíso é saber-se amado por Alguém. E igualmente o inferno é não se sentir amado por alguém. Se sabemos que somos amados, tudo é paraíso, também os problemas. Mas se não nos sentimos amados, tudo é inferno, também as coisas belas da vida. Depois da nossa morte aquilo que escolhemos com a nossa liberdade se torna definitivo. Mas é aqui que fazemos as nossas escolhas. É aqui que escolhemos ou não a Cristo. Eis porque devêssemos reformular as palavras de Jesus de modo que consigamos compreender em profundidade o que é a Ressurreição. A ressurreição é ter uma vida nova que nos é doada pelo amor, do saber-se amado. Até a morte foge diante do amor. “O amor é mais forte do que a morte” como nos diz o livro do Cântico dos Cânticos. Agora não devemos ler “o ressuscitarei no último dia”, mas “o ressuscitarei todos os dias, até o último dia”. Eis porque agora devemos aprender a considerar dois aspectos da nossa fé: um que diz respeito ao presente e um que tem a haver com o nosso último destino. Tudo o que diz respeito ao nosso fim último não se refere ao “depois”, mas já o agora. Está aqui escondido nos sinais. A realidade está repleta do nosso último destino, mas o é como um sacramento.  Devemos, portanto, sempre decifrar qual o nosso destino nas coisas deste mundo. Mas isto não é suficiente porque devemos recordar que por fim este fato emergirá com evidência, será uma realidade e não simplesmente um sinal de algo que virá. O futuro se tornará presente e cada um de nós viverá para sempre daquilo que escolhei cada dia de sua vida.

Pe. Paulo Eduardo Jácomo, SDB.

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