Retiro Espiritual – Dezembro

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RETIRO DO MÊS DE DEZEMBRO

 

  1. Introdução

 

Neste mês de dezembro trago como proposta para meditarmos no nosso Retiro Mensal, o tema do Natal. Este Tempo é para nós Tempo de Luz. A esperança se renova em cada coração humano, apesar de todas as adversidades. Um pobre menino nascido numa manjedoura nasceu para ser o Salvador da Humanidade. Não existe nenhum poder do mal que possa vencer este menino, o Emanuel, o Deus conosco. Nasceu para não nos deixar sozinhos. Ele nos acompanha até ‘o fim dos tempos’. É um frágil menino que contemplamos no presépio, mas Ele é o próprio Deus com toda a sua força Criadora e Redentora. Ele vem para nos direcionar. Vem para nos dizer que precisar escolher a Luz e não as trevas. A reação de cada um de nós diante de um Deus que se fez menino não poderia ser outra se não a alegria: «Eis que vos anuncio uma grande alegria» (Lc 2, 10). A alegria que em nós deve ser evidente. Apesar de toda tribulação, de todas as razões para estarmos desanimados, Deus não quer nos ver com o rosto triste, pois apesar de tudo, é o Amor que sempre vence! Como escreveu o Papa Bento XVI: “Mas demos um passo em frente: de onde provém esta alegria? Diria que vem da admiração do coração ao ver como Deus está próximo de nós, como Deus pensa em nós, como Deus age na história; por conseguinte, é uma alegria que nasce da contemplação do rosto daquele menino humilde porque sabemos que é o Rosto de Deus presente para sempre na humanidade, para nós e conosco. O Natal é alegria porque vemos e finalmente temos a certeza de que Deus é o bem, a vida, a verdade do homem e se abaixa até ao homem, para o elevar a Si: Deus torna-se tão próximo que o podemos ver e tocar”. O Natal é o ponto no qual Céu e terra se unem, e várias expressões que ouvimos nestes dias ressaltam a grandeza de quanto aconteceu: o distante — Deus parece muito longe — tornou-se próximo; «o inacessível quis ser alcançável, Ele que existe antes do tempo começou a estar no tempo, o Senhor do universo, ocultando a grandeza da sua majestade, assumiu a natureza de servo» [1]

Nos preparemos para a grande festa do Natal que se aproxima. Preparemos o nosso espírito, a nossa casa, a nossa família para vivermos este grande Mistério de Luz e de Alegria.

 

 

Rezemos:

“Deus Espírito Santo, renova a nossa vida: envia a Tua luz e dá-nos coragem e força. Vem, Espírito Santo. Vem a nós com Teus dons: bondade, mansidão e paciência. Vem, Espírito Santo. Não permitas que o mal nos destrua, mas ajuda-nos a superar o mal pelo bem. Vem, Espírito Santo. Dirige nosso pensamento e nossa ação, ajuda-nos na nossa fraqueza, pois sem Ti nada podemos fazer. Vem, Espírito Santo. Faze-nos boas testemunhas de Cristo e deixa-nos encontrar alegria junto de Ti. Vem, Espírito Santo. Amém!”

 

 

  1. Meditação I: “Natal, Tempo de luz, Tempo para renovar a esperança, Tempo da Alegria”[2]

 

 

 

Queridos irmãos e irmãs!

 

Estou contente por acolher-vos nesta primeira Audiência geral do novo ano e de todo o coração ofereço às vossas famílias meus fervorosos melhores votos. O Senhor do tempo e da história guie os nossos passos no caminho do bem e conceda a cada um, abundância de graça e prosperidade. Ainda circundados pela luz do Santo Natal, que nos convida à alegria pela vinda do Salvador, estamos hoje na vigília da Epifania, em que celebramos a manifestação do Senhor a todos os povos. A festa de Natal continua a fascinar-nos ainda hoje, mais que qualquer outra das grandes festas da Igreja; fascina porque todos, de algum modo, intuem que o nascimento de Jesus tem a ver com as aspirações e esperanças mais profundas do homem. O consumismo pode diminuir essa nostalgia interior, mas, se no coração há o desejo de acolher aquele Menino que traz a novidade de Deus, que veio para nos dar a vida em plenitude, as luzes das decorações natalinas podem tornar-se, acima de tudo, um reflexo da Luz que se acendeu com a encarnação de Deus.

 

Nas celebrações litúrgicas destes dias santos, vivemos de modo misterioso, mas real, o ingresso do Filho de Deus no mundo e fomos iluminados mais uma vez pela luz de seu fulgor. Toda a celebração é presença atual do mistério de Cristo e nessa se prolonga a história da salvação. A propósito do Natal, o Papa São Leão Magno afirma: “Apesar de a sucessão das ações corpóreas ter passado, como foi ordenado antecipadamente pelo projeto eterno […], todavia nós adoramos continuamente o mesmo parto da Virgem que produz a nossa salvação” (Sermone sul Natale del Signore 29,2), e precisa: “porque aquele dia não passou de tal modo que também tenha passado o poder que então foi revelado” (Sermone sull’Epifania 36,1). Celebrar os eventos da encarnação do Filho de Deus não é simples recordação de fatos do passado, mas tornar presentes os mistérios portadores de salvação. Na Liturgia, na celebração dos Sacramentos, os mistérios fazem-se atuais e tornam-se eficazes para nós, hoje. Ainda São Leão Magno afirma: “Tudo aquilo que o Filho de Deus fez e ensinou para reconciliar o mundo, não o conhecemos através de narrações feitas no passado, mas estamos sob o efeito do dinamismo de tais ações presentes” (Sermone 52,1).

 

Na Constituição sobre a Sagrada Liturgia, o Concílio Vaticano II sublinha como a obra da salvação realizada por Cristo continua na Igreja mediante a celebração dos santos mistérios, graças à ação do Espírito Santo. Já no Antigo testamento, no caminho rumo à plenitude da fé, temos testemunhos de como a presença de Deus foi mediada através de sinais, por exemplo, aquele do fogo (cf. Es 3,2ss; 19,18). Mas, a partir da Encarnação, acontece algo de desconcertante: o regime de contato salvífico com Deus transforma-se radicalmente e a carne torna-se o instrumento da salvação: “Verbum caro factum est”, “o Verbo se fez carne”, escreve o Evangelista João, e um autor cristão do século III, Tertulliano, afirma: “Caro salutis est cardo”, “a carne é o princípio essencial da salvação” (De carnis resurrectione, 8,3: PL 2,806).

 

O Natal é já a primícia do “sacramentum-mysterium paschale”, é, ou seja, o início do mistério central da salvação que culmina na paixão, morte e ressurreição, porque Jesus começa a oferta de si mesmo por amor desde o primeiro instante da sua existência humana no ventre da Virgem Maria. A noite de Natal está, portanto, profundamente ligada à grande vigília da Páscoa, quando a redenção se completa no sacrifício glorioso do Senhor morto e ressuscitado. O próprio presépio, como imagem da encarnação do Verbo, à luz do relato evangélico, alude já à Páscoa e é interessante ver como em alguns ícones da natividade na tradição oriental, Jesus Menino é representado envolto em faixas e deposto em uma manjedoura que tem a forma de um sepulcro; uma alusão ao momento em que Ele será deposto da cruz, envolto em um pano e colocado no sepulcro cavado na rocha (cf. Lc 2,7; 23,53). Encarnação e Páscoa não estão uma ao lado da outra, mas são os dois pontos chave inseparáveis da única fé em Jesus Cristo, o Filho de Deus Encarnado e Redentor. Cruz e Ressurreição pressupõem a Encarnação. Só porque verdadeiramente o Filho, e n’Ele Deus mesmo, “desceu” e “se fez carne”, morte e ressurreição de Jesus são eventos que se tornam nossos contemporâneos e dizem respeito a nós, livram-nos da morte e abrem-nos um futuro em que esta “carne”, a existência terrena e transitória, entrará na eternidade de Deus. Nessa perspectiva unitária do Mistério de Cristo, a visita ao presépio orienta à visita à Eucaristia, onde encontramos presente, de modo real, o Cristo crucificado e ressuscitado, o Cristo vivo.

 

A celebração litúrgica do Natal, portanto, não é somente recordação, mas sobretudo mistério; não é somente memória, mas também presença. Para colher o sentido desses dois aspectos inseparáveis, é preciso viver intensamente todo o Tempo natalício como a Igreja o apresenta. Se o consideramos em sentido lato, isso se estende por quarenta dias, do 25 de dezembro ao 2 de fevereiro, da celebração da Noite de Natal, à Maternidade de Maria, à Epifania, ao Batismo de Jesus, às núpcias de Caná, à Apresentação no Templo, exatamente em analogia com o Tempo pascal, que forma uma unidade de cinquenta dias, até Pentecostes. A manifestação de Deus na carne é o acontecimento que revelou a Verdade na história. Com efeito, a data de 25 de dezembro, ligada à ideia da manifestação solar – Deus que aparece como luz sem ocaso no horizonte da história –, recorda-nos que não se trata somente de uma ideia, aquela de que Deus é a plenitude da luz, mas de uma realidade para nós homens já realizada e sempre atual: hoje, como naquele tempo, Deus revela-se na carne, isto é, no “corpo vivo” da Igreja peregrina no tempo, e nos Sacramentos doa-nos hoje a salvação.

 

Os símbolos das celebrações natalinas, recordados pelas Leituras e pelas orações, dão à liturgia deste Tempo um sentido profundo de “epifania” de Deus no seu Cristo-Verbo encarnado, isto é, de “manifestação” que possui também um significado escatológico, ou seja, orienta ao fim dos tempos. Já no Advento, as duas vindas, aquela histórica e aquela no fim da história, estavam diretamente ligadas; mas é em particular na Epifania e no Batismo de Jesus que a manifestação messiânica celebra-se na perspectiva das expectativas escatológicas: a consagração messiânica de Jesus, Verbo encarnado, mediante a efusão do Espírito Santo de forma visível, leva ao cumprimento do tempo das promessas e inaugura os últimos tempos.

 

É preciso dirimir este Tempo natalício de um revestimento somente moralista e sentimental. A celebração do Natal não nos propõe somente exemplos a imitar, como aqueles da humildade e pobreza do Senhor, a sua bondade e amor pelos homens; mas é, mais que tudo, o convite a deixarmo-nos transformar totalmente por Aquele que entrou na nossa carne. São Leão Magno exclama: “o Filho de Deus […] veio a nós e levou-nos para si de tal modo que o rebaixamento de Deus à condição humana se tornasse uma elevação do homem às alturas de Deus” (Sermone sul Natale del Signore 27,2). A manifestação de Deus é destinada à nossa participação na vida divina, à realização em nós do mistério da sua encarnação. Tal mistério é o cumprimento da vocação do homem. Ainda São Leão Magno explica a importância concreta e sempre atual para a vida cristã do mistério do Natal: “as palavras do Evangelho e dos Profetas […] inflamam o nosso espírito e nos ensinam a compreender a natividade do Senhor, esse mistério do Verbo feito carne, não tanto como uma recordação de um acontecimento passado, mas como um fato que se desenrola sob os nossos olhos […] é como se tivéssemos ainda proclamado na solenidade de hoje: ‘Vos anuncio uma grande alegria, que o será para todo o povo: hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós um Salvador, que é o Cristo Senhor’” (Sermone sul Natale del Signore 29,1). E acrescenta: “Reconhece, cristão, a tua dignidade, e, feito participante da natureza divina, cuida para não cair, com uma conduta indigna, de tal grandeza à primitiva baixeza” (Sermone 1 sul Natale del Signore, 3).

 

Queridos amigos, vivamos este Tempo natalício com intensidade: após termos adorado o Filho de Deus feito homem e depositado na manjedoura, somos chamados a ir ao altar do Sacrifício, onde Cristo, o Pão vivo descido do céu, se oferece a nós como verdadeiro alimento para a vida eterna. E isso que vimos com os nossos olhos, na mesa da Palavra e do pão da Vida, isso que contemplamos, isso que nossas mãos tocaram, ou seja, o Verbo feito carne, anunciamo-lo com alegria ao mundo generosamente com toda a nossa vida. Renovo, de coração, a todos vós e aos vossos queridos saudações para o Novo Ano e desejo-vos uma boa festividade da Epifania.

 

           

 

  1. Meditação II: “O Presépio é como um Evangelho vivo que transvaza das páginas da Sagrada Escritura”[3]

 

 

 

1 – O Sinal Admirável do Presépio, muito amado pelo povo cristão, não cessa de suscitar maravilha e enlevo. Representar o acontecimento da natividade de Jesus equivale a anunciar, com simplicidade e alegria, o mistério da encarnação do Filho de Deus. De fato, o Presépio é como um Evangelho vivo que transvaza das páginas da Sagrada Escritura. Ao mesmo tempo que contemplamos a representação do Natal, somos convidados a colocar-nos espiritualmente a caminho, atraídos pela humildade d’Aquele que Se fez homem a fim de Se encontrar com todo o homem, e a descobrir que nos ama tanto, que Se uniu a nós para podermos, também nós, unir-nos a Ele.

 

Com esta Carta, quero apoiar a tradição bonita das nossas famílias prepararem o Presépio, nos dias que antecedem o Natal, e também o costume de o armarem nos lugares de trabalho, nas escolas, nos hospitais, nos estabelecimentos prisionais, nas praças… Trata-se verdadeiramente dum exercício de imaginação criativa, que recorre aos mais variados materiais para produzir, em miniatura, obras-primas de beleza. Aprende-se em criança, quando o pai e a mãe, juntamente com os avós, transmitem este gracioso costume, que encerra uma rica espiritualidade popular. Almejo que esta prática nunca desapareça; mais, espero que a mesma, onde porventura tenha caído em desuso, se possa redescobrir e revitalizar.

 

2 – A origem do Presépio fica-se a dever, antes de mais nada, a alguns pormenores do nascimento de Jesus em Belém, referidos no Evangelho. O evangelista Lucas limita-se a dizer que, tendo-se completado os dias de Maria dar à luz, «teve o seu filho primogênito, que envolveu em panos e recostou numa manjedoura, por não haver lugar para eles na hospedaria» (2, 7). Jesus é colocado numa manjedoura, que, em latim, se diz praesepium, donde vem a nossa palavra presépio.

 

Ao entrar neste mundo, o Filho de Deus encontra lugar onde os animais vão comer. A palha torna-se a primeira enxerga para Aquele que Se há de revelar como «o pão vivo, o que desceu do céu» (Jo 6, 51). Uma simbologia, que já Santo Agostinho, a par doutros Padres da Igreja, tinha entrevisto quando escreveu: «Deitado numa manjedoura, torna-Se nosso alimento».[1] Na realidade, o Presépio inclui vários mistérios da vida de Jesus, fazendo-os aparecer familiares à nossa vida diária.

 

Passemos agora à origem do Presépio, tal como nós o entendemos. A mente leva-nos a Greccio, no Vale de Rieti; aqui se deteve São Francisco, provavelmente quando vinha de Roma onde recebera, do Papa Honório III, a aprovação da sua Regra em 29 de novembro de 1223. Aquelas grutas, depois da sua viagem à Terra Santa, faziam-lhe lembrar de modo particular a paisagem de Belém. E é possível que, em Roma, o «Poverello» de Assis tenha ficado encantado com os mosaicos, na Basílica de Santa Maria Maior, que representam a natividade de Jesus e se encontram perto do lugar onde, segundo uma antiga tradição, se conservam precisamente as tábuas da manjedoura.

 

As Fontes Franciscanas narram, de forma detalhada, o que aconteceu em Greccio. Quinze dias antes do Natal, Francisco chamou João, um homem daquela terra, para lhe pedir que o ajudasse a concretizar um desejo: «Quero representar o Menino nascido em Belém, para de algum modo ver com os olhos do corpo os incômodos que Ele padeceu pela falta das coisas necessárias a um recém-nascido, tendo sido reclinado na palha duma manjedoura, entre o boi e o burro».[2] Mal acabara de o ouvir, o fiel amigo foi preparar, no lugar designado, tudo o que era necessário segundo o desejo do Santo.

 

No dia 25 de dezembro, chegaram a Greccio muitos frades, vindos de vários lados, e também homens e mulheres das casas da região, trazendo flores e tochas para iluminar aquela noite santa. Francisco, ao chegar, encontrou a manjedoura com palha, o boi e o burro. À vista da representação do Natal, as pessoas lá reunidas manifestaram uma alegria indescritível, como nunca tinham sentido antes. Depois o sacerdote celebrou solenemente a Eucaristia sobre a manjedoura, mostrando também deste modo a ligação que existe entre a Encarnação do Filho de Deus e a Eucaristia. Em Greccio, naquela ocasião, não havia figuras; o Presépio foi formado e vivido pelos que estavam presentes.[3]

 

Assim nasce a nossa tradição: todos à volta da gruta e repletos de alegria, sem qualquer distância entre o acontecimento que se realiza e as pessoas que participam no mistério.

 

O primeiro biógrafo de São Francisco, Tomás de Celano, lembra que naquela noite, à simples e comovente representação se veio juntar o dom duma visão maravilhosa: um dos presentes viu que jazia na manjedoura o próprio Menino Jesus. Daquele Presépio do Natal de 1223, «todos voltaram para suas casas cheios de inefável alegria»[4].

 

3 – Com a simplicidade daquele sinal, São Francisco realizou uma grande obra de evangelização. O seu ensinamento penetrou no coração dos cristãos, permanecendo até aos nossos dias como uma forma genuína de repropor, com simplicidade, a beleza da nossa fé. Aliás, o próprio lugar onde se realizou o primeiro Presépio sugere e suscita estes sentimentos. Greccio torna-se um refúgio para a alma que se esconde na rocha, deixando-se envolver pelo silêncio.

 

Por que motivo suscita o Presépio tanto enlevo e nos comove? Antes de mais nada, porque manifesta a ternura de Deus. Ele, o Criador do universo, abaixa-Se até à nossa pequenez. O dom da vida, sempre misterioso para nós, fascina-nos ainda mais ao vermos que Aquele que nasceu de Maria é a fonte e o sustento de toda a vida. Em Jesus, o Pai deu-nos um irmão, que vem procurar-nos quando estamos desorientados e perdemos o rumo, e um amigo fiel, que está sempre ao nosso lado; deu-nos o seu Filho, que nos perdoa e levanta do pecado.

 

Armar o Presépio em nossas casas ajuda-nos a reviver a história sucedida em Belém.

 

Naturalmente os Evangelhos continuam a ser a fonte, que nos permite conhecer e meditar aquele Acontecimento; mas, a sua representação no Presépio ajuda a imaginar as várias cenas, estimula os afetos, convida a sentir-nos envolvidos na história da salvação, contemporâneos daquele evento que se torna vivo e atual nos mais variados contextos históricos e culturais.

 

De modo particular, desde a sua origem franciscana, o Presépio é um convite a «sentir», a «tocar» a pobreza que escolheu, para Si mesmo, o Filho de Deus na sua encarnação, tornando-se assim, implicitamente, um apelo para O seguirmos pelo caminho da humildade, da pobreza, do despojamento, que parte da manjedoura de Belém e leva até à Cruz, e um apelo ainda a encontrá-Lo e servi-Lo, com misericórdia, nos irmãos e irmãs mais necessitados (cf. Mt 25, 31-46).

 

4 – Gostava agora de repassar os vários sinais do Presépio para apreendermos o significado que encerram. Em primeiro lugar, representamos o céu estrelado na escuridão e no silêncio da noite. Fazemo-lo não apenas para ser fiéis às narrações do Evangelho, mas também pelo significado que possui. Pensemos nas vezes sem conta que a noite envolve a nossa vida. Pois bem, mesmo em tais momentos, Deus não nos deixa sozinhos, mas faz-Se presente para dar resposta às questões decisivas sobre o sentido da nossa existência: Quem sou eu? Donde venho? Por que nasci neste tempo? Por que amo? Por que sofro? Por que hei de morrer? Foi para dar uma resposta a estas questões que Deus Se fez homem. A sua proximidade traz luz onde há escuridão, e ilumina a quantos atravessam as trevas do sofrimento (cf. Lc 1, 79).

 

Merecem também uma referência as paisagens que fazem parte do Presépio; muitas vezes aparecem representadas as ruínas de casas e palácios antigos que, nalguns casos, substituem a gruta de Belém tornando-se a habitação da Sagrada Família. Parece que estas ruínas se inspiram na Legenda Áurea, do dominicano Jacopo de Varazze (século XIII), onde se refere a crença pagã segundo a qual o templo da Paz, em Roma, iria desabar quando desse à luz uma Virgem. Aquelas ruínas são sinal visível sobretudo da humanidade decaída, de tudo aquilo que cai em ruína, que se corrompe e definha. Este cenário diz que Jesus é a novidade no meio dum mundo velho, e veio para curar e reconstruir, para reconduzir a nossa vida e o mundo ao seu esplendor originário.

 

5 – Uma grande emoção se deveria apoderar de nós, ao colocarmos no Presépio as montanhas, os riachos, as ovelhas e os pastores! Pois assim lembramos, como preanunciaram os profetas, que toda a criação participa na festa da vinda do Messias. Os anjos e a estrela-cometa são o sinal de que também nós somos chamados a pôr-nos a caminho para ir até à gruta adorar o Senhor.

 

«Vamos a Belém ver o que aconteceu e que o Senhor nos deu a conhecer» (Lc 2, 15): assim falam os pastores, depois do anúncio que os anjos lhes fizeram. É um ensinamento muito belo, que nos é dado na simplicidade da descrição. Ao contrário de tanta gente ocupada a fazer muitas outras coisas, os pastores tornam-se as primeiras testemunhas do essencial, isto é, da salvação que nos é oferecida. São os mais humildes e os mais pobres que sabem acolher o acontecimento da Encarnação. A Deus, que vem ao nosso encontro no Menino Jesus, os pastores respondem, pondo-se a caminho rumo a Ele, para um encontro de amor e de grata admiração. É precisamente este encontro entre Deus e os seus filhos, graças a Jesus, que dá vida à nossa religião e constitui a sua beleza singular, que transparece de modo particular no Presépio.

 

6 – Nos nossos Presépios, costumamos colocar muitas figuras simbólicas. Em primeiro lugar, as de mendigos e pessoas que não conhecem outra abundância a não ser a do coração. Também estas figuras estão próximas do Menino Jesus de pleno direito, sem que ninguém possa expulsá-las ou afastá-las dum berço de tal modo improvisado que os pobres, ao seu redor, não destoam absolutamente. Antes, os pobres são os privilegiados deste mistério e, muitas vezes, aqueles que melhor conseguem reconhecer a presença de Deus no meio de nós.

 

No Presépio, os pobres e os simples lembram-nos que Deus Se faz homem para aqueles que mais sentem a necessidade do seu amor e pedem a sua proximidade. Jesus, «manso e humilde de coração» (Mt 11, 29), nasceu pobre, levou uma vida simples, para nos ensinar a identificar e a viver do essencial. Do Presépio surge, clara, a mensagem de que não podemos deixar-nos iludir pela riqueza e por tantas propostas efémeras de felicidade. Como pano de fundo, aparece o palácio de Herodes, fechado, surdo ao jubiloso anúncio. Nascendo no Presépio, o próprio Deus dá início à única verdadeira revolução que dá esperança e dignidade aos deserdados, aos marginalizados: a revolução do amor, a revolução da ternura. Do Presépio, com meiga força, Jesus proclama o apelo à partilha com os últimos como estrada para um mundo mais humano e fraterno, onde ninguém seja excluído e marginalizado.

 

Muitas vezes, as crianças (mas os adultos também!) gostam de acrescentar, no Presépio, outras figuras que parecem não ter qualquer relação com as narrações do Evangelho. Contudo esta imaginação pretende expressar que, neste mundo novo inaugurado por Jesus, há espaço para tudo o que é humano e para toda a criatura. Do pastor ao ferreiro, do padeiro aos músicos, das mulheres com a bilha de água ao ombro às crianças que brincam… tudo isso representa a santidade do dia a dia, a alegria de realizar de modo extraordinário as coisas de todos os dias, quando Jesus partilha conosco a sua vida divina.

 

7 – A pouco e pouco, o Presépio leva-nos à gruta, onde encontramos as figuras de Maria e de José. Maria é uma mãe que contempla o seu Menino e O mostra a quantos vêm visitá-Lo. A sua figura faz pensar no grande mistério que envolveu esta jovem, quando Deus bateu à porta do seu coração imaculado. Ao anúncio do anjo que Lhe pedia para Se tornar a mãe de Deus, Maria responde com obediência plena e total. As suas palavras – «eis a serva do Senhor, faça-se em Mim segundo a tua palavra» (Lc 1, 38) – são, para todos nós, o testemunho do modo como abandonar-se, na fé, à vontade de Deus. Com aquele «sim», Maria tornava-Se mãe do Filho de Deus, sem perder – antes, graças a Ele, consagrando – a sua virgindade. N’Ela, vemos a Mãe de Deus que não guarda o seu Filho só para Si mesma, mas pede a todos que obedeçam à palavra d’Ele e a ponham em prática (cf. Jo 2, 5).

 

Ao lado de Maria, em atitude de quem protege o Menino e sua mãe, está São José. Geralmente, é representado com o bordão na mão e, por vezes, também segurando um lampião. São José desempenha um papel muito importante na vida de Jesus e Maria. É o guardião que nunca se cansa de proteger a sua família. Quando Deus o avisar da ameaça de Herodes, não hesitará a pôr-se em viagem emigrando para o Egito (cf. Mt 2, 13-15). E depois, passado o perigo, reconduzirá a família para Nazaré, onde será o primeiro educador de Jesus, na sua infância e adolescência. José trazia no coração o grande mistério que envolvia Maria, sua esposa, e Jesus; homem justo que era, sempre se entregou à vontade de Deus e pô-la em prática.

 

8 – O coração do Presépio começa a palpitar, quando colocamos lá, no Natal, a figura do Menino Jesus. Assim Se nos apresenta Deus, num menino, para fazer-Se acolher nos nossos braços. Naquela fraqueza e fragilidade, esconde o seu poder que tudo cria e transforma. Parece impossível, mas é assim: em Jesus, Deus foi criança e, nesta condição, quis revelar a grandeza do seu amor, que se manifesta num sorriso e nas suas mãos estendidas para quem quer que seja.

 

O nascimento duma criança suscita alegria e encanto, porque nos coloca perante o grande mistério da vida. Quando vemos brilhar os olhos dos jovens esposos diante do seu filho recém-nascido, compreendemos os sentimentos de Maria e José que, olhando o Menino Jesus, entreviam a presença de Deus na sua vida.

 

«De fato, a vida manifestou-se» (1 Jo 1, 2): assim o apóstolo João resume o mistério da Encarnação. O Presépio faz-nos ver, faz-nos tocar este acontecimento único e extraordinário que mudou o curso da história e a partir do qual também se contam os anos, antes e depois do nascimento de Cristo.

 

O modo de agir de Deus quase cria vertigens, pois parece impossível que Ele renuncie à sua glória para Se fazer homem como nós. Que surpresa ver Deus adotar os nossos próprios comportamentos: dorme, mama ao peito da mãe, chora e brinca, como todas as crianças. Como sempre, Deus gera perplexidade, é imprevisível, aparece continuamente fora dos nossos esquemas. Assim o Presépio, ao mesmo tempo que nos mostra Deus tal como entrou no mundo, desafia-nos a imaginar a nossa vida inserida na de Deus; convida a tornar-nos seus discípulos, se quisermos alcançar o sentido último da vida.

 

9 – Quando se aproxima a festa da Epifania, colocam-se no Presépio as três figuras dos Reis Magos. Tendo observado a estrela, aqueles sábios e ricos senhores do Oriente puseram-se a caminho rumo a Belém para conhecer Jesus e oferecer-Lhe de presente ouro, incenso e mirra. Estes presentes têm também um significado alegórico: o ouro honra a realeza de Jesus; o incenso, a sua divindade; a mirra, a sua humanidade sagrada que experimentará a morte e a sepultura.

 

Ao fixarmos esta cena no Presépio, somos chamados a refletir sobre a responsabilidade que cada cristão tem de ser evangelizador. Cada um de nós torna-se portador da Boa-Nova para as pessoas que encontra, testemunhando a alegria de ter conhecido Jesus e o seu amor; e fá-lo com ações concretas de misericórdia.

 

Os Magos ensinam que se pode partir de muito longe para chegar a Cristo: são homens ricos, estrangeiros sábios, sedentos de infinito, que saem para uma viagem longa e perigosa e que os leva até Belém (cf. Mt 2, 1-12). À vista do Menino Rei, invade-os uma grande alegria. Não se deixam escandalizar pela pobreza do ambiente; não hesitam em pôr-se de joelhos e adorá-Lo. Diante d’Ele compreendem que Deus, tal como regula com soberana sabedoria o curso dos astros, assim também guia o curso da história, derrubando os poderosos e exaltando os humildes. E de certeza, quando regressaram ao seu país, falaram deste encontro surpreendente com o Messias, inaugurando a viagem do Evangelho entre os gentios.

 

10 – Diante do Presépio, a mente corre de bom grado aos tempos em que se era criança e se esperava, com impaciência, o tempo para começar a construí-lo. Estas recordações induzem-nos a tomar consciência sempre de novo do grande dom que nos foi feito, transmitindo-nos a fé; e ao mesmo tempo, fazem-nos sentir o dever e a alegria de comunicar a mesma experiência aos filhos e netos. Não é importante a forma como se arma o Presépio; pode ser sempre igual ou modificá-la cada ano. O que conta, é que fale à nossa vida. Por todo o lado e na forma que for, o Presépio narra o amor de Deus, o Deus que Se fez menino para nos dizer quão próximo está de cada ser humano, independentemente da condição em que este se encontre.

 

Queridos irmãos e irmãs, o Presépio faz parte do suave e exigente processo de transmissão da fé. A partir da infância e, depois, em cada idade da vida, educa-nos para contemplar Jesus, sentir o amor de Deus por nós, sentir e acreditar que Deus está conosco e nós estamos com Ele, todos filhos e irmãos graças àquele Menino Filho de Deus e da Virgem Maria. E educa para sentir que nisto está a felicidade. Na escola de São Francisco, abramos o coração a esta graça simples, deixemos que do encanto nasça uma prece humilde: o nosso «obrigado» a Deus, que tudo quis partilhar conosco para nunca nos deixar sozinhos.

 

Dado em Greccio, no Santuário do Presépio, a 1 de dezembro de 2019, sétimo do meu pontificado.

 

FRANCISCO

 

 

  1. Para Recordar:

 

  1. São Leão Magno: “Se nos apelamos à condescendência inefável da divina misericórdia que induziu o Criador dos homens a fazer-se homem, ela elevar-nos-á à natureza d’Aquele que adoramos na nossa”.

 

  1. Santo Ireneu: “Na sua vinda, [Cristo] trouxe consigo toda a novidade”.

 

  1. Papa Emérito Bento XVI: “O Criador que tudo sustenta nas suas mãos, de Quem todos nós dependemos, faz-Se pequeno e necessitado do amor humano”.

 

  1. Papa Pio XII: “O Verbo Eterno, caminho, verdade e vida, nascendo na desolação de uma gruta e de tal modo nobilitando e santificando a pobreza, dava assim início à sua missão de doutrina, de salvação, de resgate do gênero humano”.

 

  1. São João Paulo II: “Vós, ó Cristo, que contemplamos hoje entre os braços de Maria, sois o fundamento da nossa esperança!”

 

  1. Santo Agostinho: “Deus enviou-nos o seu Filho, para que, participando da nossa mortalidade por amor, nos fizesse participantes da sua divindade por adoção”.

 

  1. Papa Francisco: “O dom precioso do Natal é a paz, e Cristo é a nossa paz verdadeira. Cristo bate à porta dos nossos corações para nos conceder a paz, a paz da alma. Abramos as portas a Cristo!” (Angelus, 21 de dezembro de 2014).

 

  1. Padre Pio de Pietrelcina: “Que Jesus Menino seja a estrela que te guia através do deserto desta vida!”

 

 

Oração

 

Peça ao Menino Jesus muito amor

 

Menino Jesus, no Teu aniversário, refaz o

milagre da distribuição do pão do amor,

porque os homens se esquecem de que também

são capazes de realizar o que Tu ensinaste.

 

Príncipe da paz, devolve ao mundo a Tua paz.

Reavive, Menino, no coração dos homens,

a compaixão, o amor e a misericórdia,

para que eles cuidem das crianças do mundo.

Que sejam alimentadas, não sofram nem chorem.

 

  1. Exame de Consciência

 

 

Oração Inicial

 

Senhor Pai Santo, iluminai o meu coração com a graça do Espírito Santo para poder reconhecer com humildade os meus pecados e confessa-los com clareza e arrependimento sincero. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

 

Exame:

 

Em relação a Deus

 

Dirijo-me a Deus somente em caso de necessidade? Participo na Missa dominical e nos dias de preceito? Começo e termino o meu dia com a oração? Invoquei em vão o nome de Deus, de Maria e dos Santos? Envergonho-me de me apresentar como cristão? O que faço para crescer espiritualmente, como e quando o faço? Revolto-me diante dos desígnios de Deus? Pretendo que seja Ele a cumprir a minha vontade?

 

Em relação ao próximo

 

Sei perdoar, partilhar, ajudar o próximo? Julgo sem piedade, tanto em pensamento quando com palavras? Caluniei, roubei, desprezei os mais pequenos e indefesos? Sou invejoso, colérico, parcial? Tomo conta dos pobres e dos doentes? Envergonho-me da carne do meu irmão ou da minha irmã?

 

Sou honesto e justo com todos ou alimento a “cultura do descartável”? Instiguei os outros a fazer o mal? Observo a moral conjugal e familiar que o Evangelho ensina? Como vivo as responsabilidades educativas para com os meus filhos? Honro e respeito os meus pais? Rejeitei a vida após a concepção? Desperdicei o dom da vida? Ajudei a fazê-lo? Respeito o ambiente?

 

Em relação a mim mesmo

 

Sou um pouco mundano e pouco crente? Exagero em comer, beber, fumar e divertir-me? Preocupo-me em excesso com a saúde física, com os meus bens? Como uso o meu tempo? Sou preguiçoso? Procuro ser servido? Amo e cultivo a pureza de coração, de pensamentos e de ações? Nutro vinganças, alimento rancores? Sou manso, humilde, construtor de paz?

 

  1. Ato de Contrição[4]

 

Senhor, eu me arrependo sinceramente de todo mal que pratiquei e do bem que deixei de fazer. Pecando, eu vos ofendi, meu Deus e meu sumo bem, digno de ser amado sobre todas as coisas. Prometo firmemente, ajudado com a vossa graça, fazer penitência e fugir às ocasiões de pecado. Amém![5]

 

 

 

  1. Oração Final

 

Para terminar o nosso Retiro colhendo dele frutos que permaneçam, rezemos:

 

Espírito Santo Consolador, concedei-me o dom da fortaleza.

Fortalecei minha alma para superar as dificuldades de cada dia,

os tormentos das perseguições e as insídias do maligno.

Ajudai-me a ser forte em meio às fraquezas espirituais,

para que eu seja sinal de Teu amor e bondade.

 

Espírito Santo de Luz, concedei-me o dom da sabedoria.

Que eu tenha o discernimento necessário para distinguir o mal do bem,

a mentira da verdade, a guerra da paz.

Que Tua santa sabedoria ilumine os espaços confusos de minha alma.

 

Espírito Santo Paráclito, concedei-me o dom do entendimento,

para que eu compreenda corretamente a vontade do Pai Celestial para minha vida.

Dai-me entender o próximo com amor, misericórdia e paz.

Que eu compreenda, com todo meu ser,

o amor de Cristo Jesus por mim e pela humanidade.

 

Espírito Santo, Advogado Celestial, concedei-me o dom da ciência.

Que, iluminado pela Tua luz divina, eu compreenda corretamente

os planos de Deus para minha vida, e seja obediente aos ensinamentos divinos.

Sendo assim, um sinal permanente da misericórdia do Mestre Jesus no mundo.

 

Espírito Santo, Conselheiro Divino, concedei-me o dom do conselho.

Ilumina meu entendimento, para que eu busque em Deus as respostas para minhas dúvidas e inquietações humanas e espirituais. Colocai em meus lábios palavras que restabeleçam a paz no mundo, e ajudai-me a levar sempre um conselho que devolva às almas aflitas a serenidade em Deus.

 

Divino Espírito Santo, concedei-me o dom da piedade.

Que minhas orações sejam pontes de amor, que unam meu coração ao coração

de Deus Pai e do Cristo Senhor. Que meu fervor espiritual se renove sempre, para que minha alma frutifique na fé e na esperança.

 

Espírito Santo, Consolador dos aflitos, concedei-me o dom do temor de Deus,

para que eu tenha sempre frente meus olhos, a bondade divina, e que meus pensamentos, palavras e ações, não sejam uma ofensa ao amor misericordioso do Pai Celestial. Assim seja!

 

[1] Papa Bento XVI, AUDIÊNCIA GERAL, Sala Paulo VI, Quarta-feira, 4 de janeiro de 2012, In: https://www.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/audiences/2012/documents/hf_ben-xvi_aud_20120104.html, pesquisado em 26.11.2021.

[2] Catequese de Bento XVI no Tempo de Natal, Roma, Praça do Vaticano, 05/01/2011. In: https://www.presbiteros.org.br/catequese-de-bento-xvi-no-tempo-de-natal-05012011/, pesquisado em 26.11.2021.

 

[3] Papa Francisco, Carta Apostólica Admirabile signum do santo padre Francisco sobre o significado e valor do presépio Greccio, no Santuário do Presépio, a 1 de dezembro de 2019, In: http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/594807-sinal-admiravel-o-significado-e-o-valor-do-presepio-segundo-o-papa-francisco. Pesquisado em 26.11.2021.

 

[4] Chama-se Ato de Contrição Perfeita a um recurso utilizado quando o penitente está impossibilitado de fazer a confissão sacramental e, para não descumprir o segundo mandamento da Igreja: “confessar-se ao menos uma vez por ano por ocasião da Páscoa”, reza fervorosamente uma fórmula de Ato de Contrição, com o firme propósito de receber o Sacramento da Reconciliação tão logo possível.

[5] Retirado do livro ‘Sou Católico, vivo a minha fé, Edições CNBB, 5ª edição 2019.