25/08 – Ficai atentos, porque não sabeis em que dia virá o Senhor
Quinta-feira, 25 de agosto de 2022.
Evangelho (Mt 24,42-51)
“Ficai atentos, porque não sabeis em que dia virá o Senhor”
Naquele tempo disse Jesus aos seus discípulos: 42“Ficai atentos, porque não sabeis em que dia virá o Senhor! 43Compreendei bem isso: se o dono da casa soubesse a que horas viria o ladrão, certamente vigiaria e não deixaria que a sua casa fosse arrombada. 44Por isso, também vós ficais preparados! Porque na hora em que menos pensais, o Filho do Homem virá. 45Qual é o empregado fiel e prudente, que o senhor colocou como responsável pelos demais empregados, para lhes dar alimento na hora certa? 46Feliz o empregado, cujo senhor encontrar agindo assim, quando voltar. 47Em verdade vos digo, ele lhe confiará a administração de todos os seus bens. 48Mas, se o empregado mau pensar: ‘Meu Senhor está demorando’, 49e começar a bater nos companheiros, a comer e a beber com os bêbados; 50então o senhor desse empregado virá no dia em que ele não espera, e na hora que ele não sabe. 51Ele o partirá ao meio e lhe imporá a sorte dos hipócritas. Ali haverá choro e ranger de dentes”.
Reflexão
A morte nunca foi algo muito fácil de digerir, afinal, nós fomos feitos para a vida. Como diz o evangelho de hoje, a morte é como um ladrão, não sabemos a hora que vai chegar. Mas apesar de tudo, nós não podemos nos entregar à lógica da morte, pois ela jamais é a solução. Podemos e devemos aceita-la, mas não busca-la como se ela fosse a solução para a nossa vida. Podemos nos preparar para a morte, mas jamais ser cúmplices dela. O que Jesus nos pede no Evangelho? Pede que combatamos as injustiças que levam à morte. O que é certo é que quando nos encontramos diante da morte nós encontramos o medo, a angústia, a solidão. Também Jesus experimentou o medo diante da morte e também a tentação. E Ele superou tudo com a única maneira que existe para se superar: abraçando a vontade do Pai: “Pai, se queres, afasta de mim este cálice. Mas não se faça a minha vontade, e sim a tua” (Lc 22,42). Foi o que Jesus fez naquela noite no Horto das Oliveiras e nos ensinou como afastar de nós o medo e a tristeza. Somente nos abandonando com confiança é que nos vem a ajuda para encontrarmos a justa dimensão diante da desproporção do trauma da morte. Somente nos lançando nos braços de Deus é que conseguimos atravessar este momento decisivo da nossa vida. É isso mesmo, a morte é um momento da vida, mas não é o fim. Jesus transformou este momento em Páscoa, isto é, numa passagem. E é assim que devemos viver a morte; como uma “passagem”.
Pe. Paulo Eduardo Jácomo, sdb.