26/11 – Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra.

Terça-feira, 26 de novembro de 2024.

 

Evangelho (Lc 21,5-11)

 

“Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra”

 

Naquele tempo, 5algumas pessoas comentavam a respeito do Templo que era enfeitado com belas pedras e com ofertas votivas. Jesus disse: 6“Vós admirais estas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído”. 7Mas eles perguntaram: “Mestre, quando acontecerá isto? E qual vai ser o sinal de que estas coisas estão para acontecer?” 8Jesus respondeu: “Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu!’ E ainda: ‘O tempo está próximo’. Não sigais essa gente! 9Quando ouvirdes falar de guerras e revoluções, não fiqueis apavorados. É preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim”. 10E Jesus continuou: “Um povo se levantará contra outro povo, um país atacará outro país. 11Haverá grandes terremotos, fomes e pestes em muitos lugares; acontecerão coisas pavorosas e grandes sinais serão vistos no céu”.

 

Reflexão

 

O nosso olhar é sempre direcionado para o que é belo. Mas existe a beleza que vem da estética, do aparente, e uma beleza que vem do essencial. Um homem pode ser atraído pela beleza de uma mulher, e quem sabe pode até casar-se com ela, mas amar é continuar a ver a beleza nesta mesma mulher quando as rugas começarem a aparecer no seu rosto e os cabelos se tornarem brancos. O amor vê o que a olho nú não se pode ver. O templo admirado na passagem do Evangelho de hoje, não existe mais, mas a beleza daquele templo sim, porque vive nos olhos de todos aqueles que continuam a ir rezar diante do muro que todos chamamos de “muro das lamentações”, mas que para o judeu é a memória viva de uma relação de um amor. Basta ir naquele lugar e observar as pessoas que rezam. Podemos considerar uma delicadeza e não um exagero a atenção que os judeus tem por aquele lugar e que para as outras pessoas talvez não significa nada. Também quando se retiram, procuram fazer andando para trás, sem dar as costas, um pouco como se vai longe por causa de alguém que se ama, e se procura contemplar aquele amor até que seja possível, até que a distância o permita. Jesus no Evangelho de hoje procura educar as pessoas que o estavam escutando a saber olhar para além das aparências. Com um realismo extraordinário não esconde o que acontecerá ao templo, mas não usa suas palavras para semear o medo, mas somente para colocar à prova as questões mais importantes, mais decisivas.

Pe. Paulo Eduardo Jácomo, SDB.

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