12/11 – Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer.

12/11 – Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer.

Terça-feira, 12 de novembro de 2024.

 

Evangelho (Lc 17,7-10)

 

“Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer”

 

Naquele tempo, disse Jesus: 7“Se algum de vós tem um empregado que trabalha a terra ou cuida dos animais, por acaso vai dizer-lhe, quando ele volta do campo: ‘Vem depressa para a mesa?’ 8Pelo contrário, não vai dizer ao empregado: ‘Prepara-me o jantar, cinge-te e serve-me, enquanto eu como e bebo; depois disso poderás comer e beber?’ 9Será que vai agradecer ao empregado, porque fez o que lhe havia mandado? 10Assim também vós: quando tiverdes feito tudo o que vos mandaram, dizei: ‘Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer’”.

 

Reflexão

 

Existe um argumento que nós cristão não digerimos tão facilmente: ser de Cristo significa ser como Ele. E ser como Ele significa aprender a ser “servo por amor”. Passamos quase uma vida inteira lutando com a nossa situação de servidão que muitas vezes se manifesta com as nossas lutas interiores e com nossas relações mais profundas. Então perguntamos: porque Cristo nos quer atrair a esta condição de “servos”? A questão é que a verdade é outra: Jesus nos torna livres, tanto quanto a situação do Patrão (Ele nos faz filhos) dando total liberdade de escolhermos até o último lugar como Ele mesmo o fez. Agora o nosso privilégio de sermos cristãos é aquele de ser o que Cristo escolheu para si. Eis porque o trecho do evangelho de hoje se inicia com esta pergunta: “Se algum de vós tem um empregado que trabalha a terra ou cuida dos animais, por acaso vai dizer-lhe, quando ele volta do campo: ‘Vem depressa para a mesa?’ 8Pelo contrário, não vai dizer ao empregado: ‘Prepara-me o jantar, cinge-te e serve-me, enquanto eu como e bebo; depois disso poderás comer e beber?”. Arar e pastorear são dois verbos que indicam o trabalho apostólico: arar se refere ao semear a Palavra de Deus (o anúncio) e pastorear se refere ao cuidado com os irmãos (pastorear). São duas ações não podem estar ligadas a nenhum gesto de recompensa ou de gratidão. São gestos que nascem da gratuidade. Jesus nos mostrou em toda a sua vida como se ama de maneira gratuita. “Será que vai agradecer ao empregado, porque fez o que lhe havia mandado?” Aquilo que pode parecer um gesto de servidão é ao invés a medida de toda liberdade. As coisas feitas por amor não tem outra finalidade se não o amor. Não buscam nem mesmo resultados, mas só a responsabilidade de amar e basta. É com esta gratuidade que o Senhor muda a história. O mundo tem sempre necessidade de algo “útil” como motivação. Deus não, e nem tão pouco quem diz pertencer a Ele deve ter.

Pe. Paulo Eduardo Jácomo, SDB.

    Cadastre-se para receber todos os artigos por e-mail



    Veja também

    12/10 – Fazei o que Ele vos disser.
    6 de outubro de 2021 Reflexão do Evangelho
    12/10 – Fazei o que Ele vos disser.

    Terça-feira, 12 de outubro de 2021.   Evangelho (Jo 2,1-11)   “Fazei o que Ele vos disser”   Naquele tempo, 1houve um casamento em Caná…

    Continuar lendo
    28/01 – O Reino de Deus é como quando alguém espalha a semente na terra…
    18 de janeiro de 2022 Reflexão do Evangelho
    28/01 – O Reino de Deus é como quando alguém espalha a semente na terra…

    Sexta-feira, 28 de janeiro de 2022. Evangelho (Mc 4,26-34) “O Reino de Deus é como quando alguém espalha a semente na terra… O Reino de…

    Continuar lendo
    Em Simpósio Missionário, Reitor-Mor aconselha jovens a confiarem na providência divina
    9 de setembro de 2024 Notícias
    Em Simpósio Missionário, Reitor-Mor aconselha jovens a confiarem na providência divina

    Os ex-alunos participaram do programa da Instituição, chamado Voluntariado Missionário, no ano de 2022 Em seu último dia de compromissos na Inspetoria “Santo Afonso Maria de…

    Continuar lendo