23/07 – A semente que caiu em boa terra é aquela que ouve a Palavra e a compreende. Esse produz fruto

23/07 – A semente que caiu em boa terra é aquela que ouve a Palavra e a compreende. Esse produz fruto

Sexta-feira, 23 de julho de 2021.

 

Evangelho (Mt 13,18-23)

 

“A semente que caiu em boa terra é aquela que ouve a Palavra e a compreende. Esse produz fruto”

 

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 18“Ouvi a parábola do semeador: 19Todo aquele que ouve a palavra do Reino e não a compreende, vem o Maligno e rouba o que foi semeado em seu coração. Este é o que foi semeado à beira do caminho. 20A semente que caiu em terreno pedregoso é aquele que ouve a palavra e logo a recebe com alegria; 21mas ele não tem raiz em si mesmo, é de momento: quando chega o sofrimento ou a perseguição, por causa da palavra, ele desiste logo. 22A semente que caiu no meio dos espinhos é aquele que ouve a palavra, mas as preocupações do mundo e a ilusão da riqueza sufocam a palavra, e ele não dá fruto. 23A semente que caiu em boa terra é aquele que ouve a palavra e a compreende. Esse produz fruto. Um dá cem outro sessenta e outro trinta”.

 

Reflexão

 

Retornamos à Parábola do Semeador. O texto do evangelho de hoje expõe agora a explicação do Mestre; deixando de lado a figura do Semeador, concentra-se agora nos quatro terrenos e dá sobre cada um uma interpretação diferente. Cada terreno corresponde a um homem e à sua reação perante a palavra ouvida. O que é importante a ressaltar é que o determinante não é simplesmente a escuta, mas a capacidade de compreensão. Os quatro terrenos identificam as tantas modalidades com as quais uma pessoa pode escutar a Palavra de Deus. O que determina ou não a possibilidade de a semente dar fruto consiste na compreensão ou não da Palavra ouvida. Os três primeiros escutam, mas não compreendem. Os motivos da não compreensão são tantos que é difícil identifica-los. Um deles pode ser a intervenção do Maligno, mas também algumas atitudes humanas, tais como a volubilidade e a superficialidade que se manifestam quando é necessário enfrentar dificuldades e provações, ou então a inquietação que nasce da preocupação pelas riquezas. Só “quem ouve a palavra e compreende é que dá fruto”. A compreensão não é tanto intelectual, mas a que nasce da assimilação atenta e amorosa daquilo que se ouviu, e da fé filial n’Aquele que está na origem da Palavra. Os diversos terrenos, frequentemente presentes e misturados em nós, são a imagem do nosso coração, desejoso porventura de escutar a Palavra, mas incapaz de a compreender em profundidade e de a deixar criar raízes, de modo a poder dar fruto.

 

Pe. Paulo Eduardo Jácomo, sdb.

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