26/11 – O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar.
Sexta-feira, 26 de novembro de 2021.
Evangelho (Lc 21,29-33)
“O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar”
Naquele tempo, 29Jesus contou-lhes uma parábola: “Olhai a figueira e todas as árvores. 30Quando vedes que elas estão dando brotos, logo sabeis que o verão está perto. 31Vós também, quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Reino de Deus está perto. 32Em verdade, eu vos digo: tudo isso vai acontecer antes que passe esta geração. 33O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar.
Reflexão
Jesus fala dos muitos sinais, parábolas. Para o cristão a leitura correta para estes sinais não se baseia na nossa forma de pensar, mas na forma de pensar de Deus, ou seja, nós precisamos ter a capacidade de ver as coisas assim como Deus as vê. O Evangelho nos convida a ver os sinais na nossa história. Mas isso não é e nunca foi fácil. Por isso que é necessário o cristão se exercitar na arte do discernimento, pois muitas vezes nós lemos a nossa vida de maneira emotiva, sentimental ou intelectual, sem jamais chegar a um verdadeiro significado. O segredo é a familiaridade com o Evangelho, em geral com a Palavra de Deus. Ela nos introduz num novo olhar sobres as coisas. Quanto mais vivemos uma relação profunda com Deus, e mais somo imersos no seu modo de olhar as coisas. Quanto mais O amamos e mais sentiremos as coisas como Ele, veremos como Ele, viveremos como Ele. É muito pouco buscar sinais e confirmações, a graça a pedir é saber lê-los. Sem uma justa chave de leitura as experiências decisivas da vida, bonitas ou feias, são desperdiçadas. Ao invés, uma dor ou alegria quando são lidas de maneira correta, nos fornecem uma leitura sábia de nós mesmos e do significado de nossa vida. Certamente permanece sempre um pouco de mistério, mas este nos impulsiona somente a querer entrar mais intensamente nas coisas. Jesus nos fala do fim não par anos amedrontar, mas para fazer nascer dentro de nós a saudade do fim. Sem o discernimento corremos o risco de deixar que os sinais da nossa vida sejam lidos a partir das nossas feridas, dos nossos medos, das nossas expectativas, havendo da nossa vida e da história uma visão distorcida.
Pe. Paulo Eduardo Jácomo, sdb.