08/11 – Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer.

08/11 – Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer.

Terça-feira, 08 de novembro de 2022.

 

Evangelho (Lc 17,7-10)

 

“Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer”

 

Naquele tempo, disse Jesus: 7“Se algum de vós tem um empregado que trabalha a terra ou cuida dos animais, por acaso vai dizer-lhe, quando ele volta do campo: ‘Vem depressa para a mesa?’ 8Pelo contrário, não vai dizer ao empregado: ‘Prepara-me o jantar, cinge-te e serve-me, enquanto eu como e bebo; depois disso poderás comer e beber?’ 9Será que vai agradecer ao empregado, porque fez o que lhe havia mandado? 10Assim também vós: quando tiverdes feito tudo o que vos mandaram, dizei: ‘Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer’”.

 

Reflexão

 

Existe um argumento que nós cristão não digerimos tão facilmente: ser de Cristo significa ser como Ele. E ser como Ele significa aprender a ser “servo por amor”. Passamos quase uma vida inteira lutando com a nossa situação de servidão que muitas vezes se manifesta com as nossas lutas interiores e com nossas relações mais profundas. Então perguntamos: porque Cristo nos quer atrair a esta condição de “servos”? A questão é que a verdade é outra: Jesus nos torna livres, tanto quanto a situação do Patrão (Ele nos faz filhos) dando total liberdade de escolhermos até o último lugar como Ele mesmo o fez. Agora o nosso privilégio de sermos cristãos é aquele de ser o que Cristo escolhei para si. Eis porque o trecho do evangelho de hoje se inicia com esta pergunta: “Se algum de vós tem um empregado que trabalha a terra ou cuida dos animais, por acaso vai dizer-lhe, quando ele volta do campo: ‘Vem depressa para a mesa?’ 8Pelo contrário, não vai dizer ao empregado: ‘Prepara-me o jantar, cinge-te e serve-me, enquanto eu como e bebo; depois disso poderás comer e beber?”. Arar e pastorear são dois verbos que indicam o trabalho apostólico: arar se refere ao semear a Palavra de Deus (o anúncio) e pastorear se refere ao cuidado com os irmãos (pastorear). São duas ações não podem estar ligadas a nenhum gesto de recompensa ou de gratidão. São gestos que nascem da gratuidade. Jesus nos mostrou em toda a sua vida como se ama de maneira gratuita. “Será que vai agradecer ao empregado, porque fez o que lhe havia mandado?” Aquilo que pode parecer um gesto de servidão é ao invés a medida de toda liberdade. As coisas feitas por amor não tem outra finalidade se não o amor. Não buscam nem mesmo resultados, mas só a responsabilidade de amar e basta. É com esta gratuidade que o Senhor muda a história. O mundo tem sempre necessidade de algo “útil” como motivação. Deus não, e nem tão pouco quem diz pertencer a Ele deve ter.

 

Pe. Paulo Eduardo Jácomo, SDB.

    Cadastre-se para receber todos os artigos por e-mail



    Veja também

    28/09 – Quem põe a mão no arado e olha para trás não está apto para o Reino de Deus.
    13 de setembro de 2022 Reflexão do Evangelho
    28/09 – Quem põe a mão no arado e olha para trás não está apto para o Reino de Deus.

    Quarta-feira, 28 de setembro de 2022.   Evangelho (Lc 9,57-62)   “Quem põe a mão no arado e olha para trás não está apto para…

    Continuar lendo
    14/06 – Dá a quem te pedir e não vires as costas a quem te pede emprestado
    11 de junho de 2021 Reflexão do Evangelho
    14/06 – Dá a quem te pedir e não vires as costas a quem te pede emprestado

    Segunda-feira, 14 de junho de 2021.   Evangelho (Mt 5,38-42)   “Dá a quem te pedir e não vires as costas a quem te pede…

    Continuar lendo
    02/06 – …para que todos sejam um como tu, Pai, estás em mim e eu em ti…
    3 de junho de 2022 Reflexão do Evangelho
    02/06 – …para que todos sejam um como tu, Pai, estás em mim e eu em ti…

    Quinta-feira, 02 de junho de 2022.   Evangelho (Jo 17,20-26)   “…para que todos sejam um como tu, Pai, estás em mim e eu em…

    Continuar lendo