Acadêmicos do Curso de Medicina participam da Missa do Cadáver em Laboratório de Anatomia
A cerimônia contou com a colaboração dos agentes de pastoral, João Paulo Galdino e Luís Alexandre
A Missa do Cadáver para acadêmicos do 1º termo do Curso de Medicina do UniSALESIANO foi celebrada na tarde de 6 de março, no Laboratório de Anatomia Humana, pelo Pró-Reitor de Pastoral, Pe. Paulo Eduardo Jácomo, SDB.
A cerimônia, que contou com a colaboração dos agentes de pastoral, João Paulo Galdino e Luís Alexandre, foi celebrada na intenção das pessoas cujos corpos foram doados à Instituição para fins de estudo e pesquisa. Ela serve ainda como um lembrete da nobreza da profissão médica.
“Durante a celebração, passamos para o estudante a importância de respeitar e admirar a atitude de doação, afinal, aqueles corpos foram pessoas vivas, com uma história, famílias, amigos. É importante respeitá-los e rezar por eles, pedindo a Deus que os recompense pelo bem que fizeram e que tenha misericórdia de cada uma de suas fraquezas, garantindo-lhes o descanso eterno”, explicou Pe. Paulo.
Presente também no evento, a Coordenadora do Laboratório e docente da Disciplina de Anatomia, Prof.ª Simone Galbiati Terçariol, disse que, independente de religiões e crenças, a cerimônia é muito importante do ponto de vista ético e humano.
ORAÇÃO DO CADÁVER
O laboratório de Anatomia Humana apresenta uma Oração do Cadáver, afixada na parede, que foi escrita pelo médico patologista e filósofo austríaco Karl Rokitansky, no século 19.
“Ao curvar-te com a lâmina rija de teu bisturi sobre o cadáver desconhecido, lembra-te que este corpo nasceu do amor de duas almas; cresceu embalado pela fé e esperança daquela que, em seu seio, o agasalhou; sorriu e sonhou os mesmos sonhos das crianças e dos jovens; por certo, amou e foi amado e sentiu saudades dos outros que partiram; acalentou um amanhã feliz e, agora, jaz na fria lousa, sem que por ele tivesse derramado uma lágrima sequer, sem que tivesse uma só prece. Seu nome, só Deus o sabe; mas o destino inexorável deu-lhe o poder e a grandeza de servir a humanidade que, por ele, passou indiferente”.