02/04 – Domingo de Ramos, Evangelho da Paixão.
Domingo, 02 de abril de 2023.
Evangelho (Mt 27,11-54)
Domingo de Ramos, Evangelho da Paixão.
(O texto do Evangelho por ser muito extenso será suprimido nesta publicação)
Reflexão
Este não é um dia de triunfo, mas de paixão. Poderíamos ainda dizer: é um dia de triunfo através da paixão. Às portas desta semana nós retornamos à Jerusalém e cantamos: “Hosana ao Filho de Davi” Bendito o que vem em nome do Senhor!”. É alegre este canto, mas logo nos aparece a sombra da cruz. Então entendemos que o triunfo de Deus é a sua paixão, porque a paixão é a hora do amor infinito de Deus. A paixão, no coração de Cristo, inicia no Cenáculo e é aqui que se dá início o triunfo do amor. Durante a ceia Jesus diz: “um de vós vai me trair!”. O sofrimento de Jesus não está no fato do anúncio da traição, mas no fato de que o traidor é um dos seus Apóstolos. Qual é a reação de Jesus? Depois do anúncio da traição Ele nos dá a Eucaristia: assim, justamente enquanto a humanidade através de Judas vende o Seu Senhor, Ele através de um ato supremo de amor, reabilita a humanidade, oferecendo seu Corpo e Sangue. Admirável vitória do Amor! É este o estilo de Deus, é este o sentido da Páscoa. A cruz, oferta do homem a Deus se torna o preço do perdão oferecido por Deus ao homem: se torna amor! Quando Judas encontra-se com Jesus no Horto das Oliveiras, chega com a audácia de aponta-lo aos soldados através de um beijo. É exatamente repugnante este geste de amizade usado para trair a amizade. Jesus com palavras sinceras, oferece a Judas um sinal de misericórdia, tentando abrir um espaço no coração endurecido do traidor. Jesus lhe diz: “Amigo, por isto estás aqui?”. Jesus o chama de amigo, para dizer-lhe que nada mudou da parte de Deus; Deus ainda o espera e a bondade de Deus ninguém a pode cancelar. Deus vence assim na paixão, Deus vence assim também hoje. Também nós devemos vencer o mal todos os dias seguindo o caminho de Jesus. Quando Pedro nega Jesus num momento de fraqueza e insiste dizendo: “Não conheço este homem”, também Pedro experimenta a misericórdia de Deus. Jesus, de fato, improvisamente olho Pedro com infinita misericórdia. Este recordou-se das palavras que Jesus lhe havia dito: “Antes que o galo cante, você me negará três vezes”. O olhar de Jesus! Pedro naquele momento percebeu o absurdo do seu comportamento: Jesus morria por ele e Pedro se envergonhava de tê-lo conhecido; Jesus se calava por amor e Pedro falava por covardia. Mais uma vez o triunfo de Deus é a misericórdia: Pedro entendeu isso. Pedro chorou amargamente. Aquelas lágrimas lhe restituíram a alegria do perdão sempre pronto da parte de Deus. Que a Semana Santa conduza também nós a esta experiência: a experiência de sentir-se amado por Deus com um amor infinito.
Pe. Paulo Eduardo Jácomo ,SDB.