17/02 – Eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores para a conversão.
Sábado, 17 de fevereiro de 2024.
Evangelho (Lc 5,27-32)
“Eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores para a conversão”
Naquele tempo, 27Jesus viu um cobrador de impostos, chamado Levi, sentado na coletoria. Jesus lhe disse: “Segue-me”. 28Levi deixou tudo, levantou-se e o seguiu. 29Depois, Levi preparou em casa um grande banquete para Jesus. Estava aí grande número de cobradores de impostos e outras pessoas sentadas à mesa com eles. 30Os fariseus e seus mestres da Lei murmuravam e diziam aos discípulos de Jesus: “Por que vós comeis e bebeis com os cobradores de impostos e com os pecadores?” 31Jesus respondeu: “Os que são sadios não precisam de médico, mas sim os que estão doentes. 32Eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores para a conversão”.
Reflexão
Na vida festejamos muitos acontecimentos com um jantar: aniversários, casamentos, recepção ou despedida de alguém, etc. Levi organiza um grande banquete porque se converteu a uma nova vida, decidindo seguir Jesus. A coisa estranha é que neste caso o jantar faz parte da sua penitência. Na sociedade de hoje a palavra “penitência” não possui uma boa conotação. O Sacramento da penitência é visto como uma desagradável confissão dos pecados: devemos recordar aquilo que queremos esquecer. Reconhecer que errou e a decisão de corrigir-se é ao contrário um dos momentos mais alegres da vida. Existe em nós uma força do Espírito Santo que nos dá a vida eterna. Não nos desencorajemos porque confessando sempre os mesmos pecados não observamos nenhuma melhora. O fato importante é que, depois de tantas quedas, somos sempre capazes de nos levantar, e isto já é uma alegre notícia para a vida em Deus. Na Igreja não somos todos anjos, existem tantos defeitos, malícias, maldades. Agora a pergunta: sendo maus, porque não são excluídos da Igreja? É bom lembrar que um hospital não construído para excluir os doentes, mas para colhê-los e curá-los. Assim sobre a terra é a Igreja para os pecadores. Os cristãos devem abster-se de andar com más companhias. Na Igreja existe a clausura que protege os religiosos de contatos externos, e aos padres é proibida a frequência a certos lugares. Que coerência existe entre estas restrições e a conduta do Evangelho? Quem nos responde é São Basílio: “Os fracos estejam atentos aos amigos que escolhe. Os fortes na fé coloquem-se no meio das pessoas para doar-lhes o seu tesouro, a fé”.
Pe. Paulo Eduardo Jácomo, SDB.