29/06 – Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa.

29/06 – Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa.

Sábado, 29 de junho de 2024.

Evangelho (Mt 8,5-17)

“Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa”

Naquele tempo, 5quando Jesus entrou em Cafarnaum, um oficial romano aproximou-se dele, suplicando: 6“Senhor, o meu empregado está de cama, lá em casa, sofrendo terrivelmente com uma paralisia”. 7Jesus respondeu: “Vou curá-lo”. 8O oficial disse: “Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e o meu empregado ficará curado. 9Pois eu também sou subordinado e tenho soldados sob minhas ordens. E digo a um: ‘Vai!’, e ele vai; e a outro: ‘Vem!’, e ele vem; e digo a meu escravo: ‘Faze isto!’, e ele faz”. 10Quando ouviu isso, Jesus ficou admirado, e disse aos que o seguiam: “Em verdade, vos digo: nunca encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé. 11Eu vos digo: muitos virão do Oriente e do Ocidente, se sentarão à mesa no Reino dos Céus, junto com Abraão, Isaac e Jacó, 12enquanto os herdeiros do Reino serão jogados para fora, nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes”. 13Então, Jesus disse ao oficial: “Vai! e seja feito como tu creste”. E, naquela mesma hora, o empregado ficou curado. 14Entrando Jesus na casa de Pedro, viu a sogra dele deitada e com febre. 15Tocou-lhe a mão, e a febre a deixou. Ela se levantou, e pôs-se a servi-lo. 16Quando caiu a tarde, levaram a Jesus muitas pessoas possuídas pelo demônio. Ele expulsou os espíritos, com sua palavra, e curou todos os doentes, 17para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías: “Ele tomou as nossas dores e carregou as nossas enfermidades”.

Reflexão

Um centurião romano, um estrangeiro, se aproxima de Jesus e pede a cura para seu estimado servo. A admiração de Jesus pelo centurião não se limita a um “maravilhar-se”, mas ele tocou o coração de Jesus. O centurião, com o seu gesto de súplica em favor do seu servo, ensina a Jesus a gramática e a síntese da extrema compaixão. Jesus é interpelado pela palavra suplicante de um estrangeiro, inimigo ainda por cima, ao qual o Senhor dá o Seu dom. Para o Senhor começa o longo caminho da cura e da atenção em direção de quem sofre e precisa ser consolado. O olhar do Senhor repousa sobre todo sofredor com uma benevolência tão profunda capaz de colocar em pé a esperança também quando o horizonte da vida pode parecer impossível.
O diálogo entre o centurião e Jesus se passa na intimidade da fé, onde as distâncias já não contam: “Senhor, eu não sou digno de que entres na minha casa. Dize uma só palavra e o meu empregado ficará curado”. E pelo dom da compaixão de Jesus, o servo é curado. E temos ainda neste episódio do evangelho, a cura da sogra de Pedro. Nela, a palavra é superada, Jesus “vê”, “toca”; a mulher levanta-se e serve. O tema do serviço é importante: o centurião é um subalterno e tem por sua vez subalternos; a sogra de Pedro, desperta para uma nova vida, coloca-se imediatamente a servir. É bom lembrar que a declaração do centurião nós a repetimos quanto recebemos a Eucaristia. Expressão que vai direto ao essencial e que é expressão de fé elogiada por Jesus. Expressão que é sinal de abandono confiante do coração.

Pe. Paulo Eduardo Jácomo, SDB.

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