26/07 – Felizes sois vós, porque vossos olhos veem e vossos ouvidos ouvem
Segunda-feira, 26 de julho de 2021.
Evangelho (Mt 13,16-17)
“Felizes sois vós, porque vossos olhos veem e vossos ouvidos ouvem”
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 16“Felizes sois vós, porque vossos olhos veem e vossos ouvidos ouvem. 17Em verdade vos digo, muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes, e não viram, desejaram ouvir o que ouvis, e não ouviram”.
Reflexão
Para os discípulos, Jesus possui um novo modo de falar. As pessoas ficaram impressionadas com o modo como Ele ensinava: “Um novo ensinamento! Dado com autoridade! Diferente dos escribas! (Mc 7,28). Jesus tinha uma capacidade muito grande de usar imagens muito simples para comparar as coisas de Deus com as coisas da vida que as pessoas conheciam e experimentavam na luta do dia a dia para sobreviver. Podemos supor duas coisas: Jesus vivia as coisas do povo e vivia as coisas de Deus. Algumas parábolas de Jesus retratavam situações que não combinavam com a normalidade da vida do povo. Por exemplo, onde já se viu que um pastor que possui cem ovelhas abandone o rebanho das 99 para procurar uma delas que está perdida? Onde já se viu um pai que acolhe com alegria e com festa o filho que gastou toda a sua herança, sem dizer nenhuma palavra de reprovação? Onde já se viu que um samaritano é melhor que um levita e um sacerdote? As parábolas que Jesus conta fazem pensar. Faz a pessoa entrar na história partindo da sua própria experiência de vida. Faz com que a nossa experiência nos ajude a descobrir que Deus está presente na nossa vida, nos acontecimentos do dia a dia. A parábola é uma forma participativa de ensinar e educar. Ela não faz saber, mas descobrir. A parábola muda o olhar, torna contemplativa a pessoa que escuta, a ajuda a observar a realidade. Eis a novidade das parábolas de Jesus: diferente do ensinamento dos doutores da Lei que ensinavam que Deus só se manifesta na observância da Lei. Para Jesus: O Reino não é fruto da observância da Lei, o Reino está no meio de nós. Mas, quem escutava, nem sempre entendia.
Pe. Paulo Eduardo Jácomo, sdb.