09/08 – O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens
Segunda-feira, 09 de agosto de 2021.
Evangelho (Mt 17,22-27)
“O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens”
Naquele tempo, 22quando Jesus e os seus discípulos estavam reunidos na Galileia, ele lhes disse: “O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens. 23Eles o matarão, mas no terceiro dia, ele ressuscitará”. E os discípulos ficaram muito tristes. 24Quando chegaram a Cafarnaum, os cobradores do imposto do Templo aproximaram-se de Pedro e perguntaram: “O vosso mestre não paga o imposto do Templo?” 25Pedro respondeu; “Sim, paga”. Ao entrar em casa, Jesus adiantou-se, e perguntou: “Simão, que te parece: Os reis da terra cobram impostos ou taxas de quem: dos filhos ou dos estranhos?” 26Pedro respondeu: “Dos estranhos!” Então, Jesus disse: “Logo os filhos são livres. 27Mas, para não escandalizar essa gente, vai ao mar, lança o anzol, e abre a boca do primeiro peixe que pescares. Ali encontrarás uma moeda; pega então a moeda e vai entregá-la a eles, por mim e por ti”.
Reflexão
Enquanto os Apóstolos pensam, em seu coração, que está próximo o momento em que Cristo vai instaurar o Reino de Davi, colocando para fora os opressores; o Mestre, ao invés disso, anuncia a sua própria destruição com a sua morte. Um contraste muito grande entre a lógica dos homens e a lógica de Deus. Uma desilusão para os Apóstolos, que percebem que vão para o nada os próprios sonhos e se veem obrigados a mergulhar no mistério da cruz. Escândalo e desilusão para todos aqueles que vivem a própria religiosidade como uma garantia de imunidade e grandeza. Para todos aqueles que rejeitam a cruz e não conseguem vislumbrar o imenso valor que o mesmo Senhor lhe conferiu. Para todos aqueles que leem a história somente com a lógica humana e não sabem cruzar os limites à luz da fé. Motivo de tristeza e de desânimo para quem vê a morte somente como o fim da vida. Aquele “no terceiro dia ressuscitará” deve ser impresso como um selo e garantia de imortalidade em cada mente humana, deve se tornar o motivo da vida e do conforto da morte esperada como uma alegre passagem em direção ao prêmio e à eternidade. Neste sentido, as leis humanas são vistas em outra perspectiva, como, por exemplo, pagar as taxas para o templo, também o Senhor, que justamente se professa com “filho do Pai”, para evitar falsas interpretações e fáceis acusações, assume à sua maneira o débito. A moeda extraída da boca do peixe nos faz pensar a incessante providência divina que brota do coração de Deus para com os seus filhos. Nos faz pensar ainda em Jesus, que não desdenha da sua condição de homem, que se submete, humildemente, às exigência humanas.