30/05 – Portanto, ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do filho e do Espírito Santo
Domingo de Pentecostes
Evangelho (Mt 28, 16-20)
“…portanto, ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do filho e do Espírito Santo…”
Naquele tempo, 16os onze discípulos foram para a Galileia, ao monte que Jesus lhes tinha indicado. 17Quando viram Jesus, prostraram-se diante dele. Ainda assim alguns duvidaram. 18Então Jesus aproximou-se e falou: “Toda a autoridade me foi dada no céu e sobre a terra. 19Portanto, ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, 20e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei! Eis que eu estarei convosco todos os dias, até ao fim do mundo”.
Reflexão
Quandom a cada domingo ou em outras grandes celebrações, nós somos convidados a recitar o Credo durante a Eucaristia, parece que nos lançamos em uma série de tratados filosóficos, cujos conteúdos sentimos muito longe de nós, de nossa compreensão, longe da nossa vida e da nossa linguagem. Mesmo assim, é muito importante invocarmos o trabalho feito com tanto sofrimento com o qual os nossos pais e mães na fé conseguiram exprimir no que acreditavam. Um trabalho empenhativo para proclamar a fé em um Deus que não é aquele que queremos fabricar segundo os nossos uso e consumo, mas que criou o homem sobre a terra e nos adotou como filhos. Deste modo, o Altíssimo nos abriu o seu coração oferecendo-nos o acesso a uma relação íntima e amorosa com Ele. Toda uma vida não seria suficiente para fazer morrer dentro nós aquela imagem de Deus, que arriscamos em construir para evitar de encontrá-lo e de nos fazermos encontrar-nos. A celebração do mistério da trindade não é um quebra-cabeças, mas um trabalho cotidiano de não fazer-nos um deus que seja à nossa imagem. Somos chamados a deixar-nos continuamente reconstruir pelo Deus no qual somos chamados a crer próprio pela consciência sempre mais profunda de quanto ele mesmo creia em nós, do momento no qual ele nos criou a cada momento no qual acompanha o nosso caminho com uma discrição amável. Contemplar a relação que existe entre as três pessoas divinas se torna uma escola de esperança e uma escola de amor eficaz – o Pai e o Filho e o Espírito Santo viveu uma liberdade pessoal que faz tudo em um uma unidade substancial. Deus se revelou ao mundo como uma comunhão de amor. A trindade não é um conceito teológico, mas um mar de misericórdia. Celebrar este mistério na liturgia pode reavivar o desejo de poder aprofundá-lo sempre mais na vida de cada dia.
Hoje, a liturgia nos convida a adorar a Santíssima Trindade, nosso Deus, que é Pai, Filho e Espírito Santo. Um só Deus em três pessoas, em nome das quais fomos batizados. Através da graça do batismo somos chamados a formar parte da vida da Santíssima Trindade aqui embaixo, na obscuridade da fé, e, depois da morte, na vida eterna. Pelo sacramento do batismo, fomos feitos participantes da vida divina, chegando a ser filhos de Deus Pai, irmãos em Cristo e templos do Espírito Santo. Pelo batismo, iniciamos a nossa vida cristã e recebemos a nossa vocação à santidade.
Pe. Paulo Eduardo Jácomo, sdb.