27/04 – Acreditai-me: eu estou no Pai e o Pai está em mim.

Sábado, 27 de abril de 2024.

 

Evangelho (Jo 14,7-14)

 

“Acreditai-me: eu estou no Pai e o Pai está em mim.”

 

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 7“Se vós me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. E desde agora o conheceis e o vistes”. 8Disse Filipe: “Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta!” 9Jesus respondeu: “Há tanto tempo estou convosco, e não me conheces Filipe? Quem me viu, viu o Pai. Como é que tu dizes: ‘Mostra-nos o Pai”? 10Não acreditas que eu estou no Pai e o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo, mas é o Pai que, permanecendo em mim, realiza as suas obras. 11Acreditai-me: eu estou no Pai e o Pai está em mim. Acreditai, ao menos, por causa destas mesmas obras. 12Em verdade, em verdade vos digo, quem acredita em mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas. Pois eu vou para o Pai, 13e o que pedirdes em meu nome, eu o realizarei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. 14Se pedirdes algo em meu nome, eu o realizarei.

 

Reflexão

 

“Quem me viu, viu o Pai”, é a palavra de Jesus no Evangelho de hoje. No Concílio de Nicéa, no ano 787, aconteceu uma séria discussão a respeito da iconoclastia. A pergunta era sobre a possibilidade de se venerar ou não a imagem de Jesus, de Nossa Senhora, dos santos, quando o Antigo Testamento proíbe isso expressamente. E a resposta dos Padres foi clara: o que se contempla não é a imagem esculpida em algo, mas o olhar vai para além da imagem. A mesma coisa acontece hoje quando Jesus pede que nele vejamos a imagem do Pai. E Deus pode ser contemplado também na imagem de Maria, dos Santos. Tudo o que é puro e belo se torna transparente e faz ver Deus. Toda obra de bem é atribuída à graça de Deus e é igualmente obra nossa. Jesus é claro ao dizer aos seus discípulos que em tudo o que Ele faz está presente o Pai. É a fusão entre o divino e o humano. Também os apóstolos andarão pelo mundo realizando milagres, mas com eles estará o Espirito Santo e também o Filho e o Pai. A atividade da Igreja e de todos os cristãos, por terem um sentido e desejarem um fim, será sempre uma obra humana e ao mesmo tempo divina.

Pe. Paulo Eduardo Jácomo, SDB.